Wednesday, April 19, 2006

me disse então que minha poesia era suja
e te respondi:
não tem nada de sujo num poema
nada
poema não tem q ser limpo
tem q ser assim,
pelo menos o meu:
tão sujo de sangue
e de cinza.
poema que fede à boteco
e a lençol.
poesia subversiva
e submissa
aos caprichos de quem a faz calar
sob um manto de carne
e osso
e sangue
e lágrima
e porre
e cocaína
e desilusão
e vontade se matar
às vezes
todo dia
das sete às dez
porque das onze à uma
eu faço uma linha ou duas
de poema que
não pode ser nada além de sujo
porque de limpo só se tem a superficialidade
ou alguma mentira.

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Li por cima alguams coisas, sei que deveria ter lido com maiscalma, mas pra variar sempre estou com pressa. Gostei dos alguns textos do meio da pagina depois eu leu melhor...

bjs ?!?

1:26 PM  
Anonymous Anonymous said...

Interesting website with a lot of resources and detailed explanations.
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11:38 AM  
Anonymous Anonymous said...

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11:47 AM  
Anonymous Anonymous said...

Nice colors. Keep up the good work. thnx!
»

12:01 PM  

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