Wednesday, February 22, 2006

às vezes eu me pego sentado, fantasiando situações hipotéticas. às vezes o meu som ligado, eu escuto as letras das músicas fingindo que estou vivendo cada pedaço daquele amor. muitas dessas noite, já na cama, eu abraço o travesseiro, e aspiro longamente o aroma do lençol. obviamente você nunca se deitou nele, mas eu imagino que sim, e me esbaldo numa companhia solitária, um consolo patético.
mas sabe que, agora, nesse exato minuto, não fantasio, não cheiro, não suspiro, não alimento. nesse minuto eu estou sentado, sim, eu e um cigarro ruim, e uma vela, que ilumina o ambiente. só a vela. e eu reparo que a chama dela é pequena, quase imperceptível. e aquela chama me lembra o óbvio, e o óbivo, tão doloroso à primeira vista, agora nesse corpo anestesiado não se faz tão ferino. o óbvio é que, dessa chama toda, restou as cores de uma paixão cinzenta e uma mágoa.
apago o cigarro, assopro a vela. e tomo logo as pílulas de dormir, pra não pensar em bobagem no colchão.

Friday, February 17, 2006

a melhor sensação do mundo é tu estar te divertindo, com teus amigos, dentro do palco. e ver os teus outros amigos fora do palco, cantando suas letras. e daí, você faz um show num lugar ótimo. e as pessoas gostam das tuas baboseiras internas. e daí, o show termina, tu te sente realizado. tu toma uma cerveja, vodka, toma um porre, e quebra os óculos, batendo o cabelo.